Nascido em Caraíbas, distrito de Arcoverde, em Pernambuco, João Silva começou a tocar pandeiro aos sete anos de idade e aos nove ganhou um concurso como cantor. No ano seguinte, participou do programa Ademar Paiva, na Rádio Clube de Pernambuco, tocando acordeom.
Aos 17 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde participou na Rádio Mayrink Veiga do programa Domingueira, apresentado por Arnaldo Amaral, cantando “Crepúsculo Sertanejo”, música de sua autoria.
Em 1964, Luiz Gonzaga gravou, no disco “A Sanfona do Povo”, o baião “Não foi Surpresa”, uma parceria com João do Vale. Na década de 1980, João Silva produziu o disco “Danado de Bom”, que vendeu um 1,6 milhão de cópias em apenas três meses. Depois disso, passou a compor somente para o Rei do Baião, com o qual compôs ao todo mais de 30 músicas.
Árduo defensor do baião, João Silva morreu em 2013, quando cogitava voltar à cena artística. Segundo o pesquisador Paulo Wanderley, ele estava montando um novo repertório. O artista está inscrito na história da cultura pernambucana como um dos grandes compositores de forró.
Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
WR/JU