Bethrose lembrou que o porto do Pecém está entre os complexos mais competitivos do mundo e não pode cometer o mesmo erro de administrações de Pernambuco e Bahia, onde problemas sociais não foram sanados com a criação dos portos de Suape e Camaçari, respectivamente. “O sucesso depende de sólida parceria entre sociedade civil, poder público e iniciativa privada. Um compartilhamento de responsabilidades”, disse.
Para ela, o Executivo Estadual deve priorizar a capacitação profissional dos residentes próximos ao Pecém; os impactos ambientais; o crescimento ordenado das cidades vizinhas; o investimento numa infraestrutura capaz de impulsionar o desenvolvimento econômico; além de melhorar a qualidade de vida das populações.
A parlamentar citou a visita de uma comitiva da AL aos complexos pernambucano e baiano, semana passada. Além de Bethrose, integraram o grupo os deputados Lula Morais (PCdoB), Sérgio Aguiar (PSB) e Dedé Teixeira (PT). “Precisamos fazer um planejamento urbano e social eficiente. Nesses dois estados, as autoridades têm que correr atrás do prejuízo na questão social porque faltou planejamento. A renda é baixa e falta até saneamento básico”, revelou, acrescentando: “o crescimento do PIB só faz sentido se vier com melhoria da qualidade de vida”.
Conforme a deputada, caso haja essa preocupação com o Porto do Pecém, os municípios de Caucaia, São Gonçalo do Amarante, Pentecoste, Paraipaba, Paracuru, São Luís do Curu, Apuiarés, Tejuçuoca, Maranguape e Guaiuba ganharão dividendos econômicos. “Suape ainda apresenta dicotomia entre super PIB e baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Não é isso que queremos para o Pecém”, pontuou.
BC/LF