Hugo classificou a fala como “um atestado de óbito” da educação. “É verossímil por excelência com aquilo que é contradição no Estado. Parabenizo-o pela justeza de falar a verdade. Mas, para uma prefeitura que, dia após dia, mostra encenações na mídia material de qualidade educativa de primeiro mundo, isso é de uma grandeza e impõe uma reflexão maciça sobre o que não foi plantado nos últimos oito anos.”

Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) também lamentou a fala de Elmano de Freitas e citou fala da prefeita de Fortaleza e presidente estadual do PT, Luizianne Lins, de que elegeria até um “poste sem luz” como seu sucessor.“Não sei o que lhe acometia, mas vejo nisso uma gozação. Fortaleza precisa de mais respeito. Você junta o poste sem luz com a escolha daquele que representa o fracasso na educação?”.

Já o deputado Mário Hélio (PMN) comemorou o fato de o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Acrísio Sena (PT), ter desistido da vaga da candidatura petista na chapa majoritária deste ano. “Hoje, a população sabe o nome do poste sem luz dela (Luizianne Lins). Ela imagina que o fortalezense é imbecil. É uma falta de respeito com a classe política de Fortaleza e com a população”, sublinhou.

CONSIGNADOS

Fernando Hugo destacou, ainda, a polêmica em torno dos empréstimos consignados do Estado. O tucano parabenizou o governador Cid Gomes pelo empenho em esclarecer o escândalo. “Se ele não tem cobrado da Seplag as ações devidas, essa matéria nem estaria na pauta de hoje”, afirmou.

João Jaime pontuou que é preciso ver quais os componentes do juro cobrado pela empresa ABC (responsável pela concessão dos créditos). “E eu tenho que ter a liberdade de escolher a casa de crédito. Se eu escolher a de juro maior, problema meu. O governador deveria abrir a realização deste tipo de transação para todos os bancos e todas as corretoras”, sugeriu.

O vice-líder do Governo, deputado Carlomano Marques (PMDB), contestou a postura de João Jaime. “Nada mais liberal do que um conservador na oposição. Quando o Tasso (Jereissati, ex-governador pelo PSDB) mandava e desmandava no BNB, o banco só tinha 20 empresas. Todas escolhidas por ele, que chegava ao desplante de devolver dinheiro à União. O que antes era de seis, agora é de seis mil”, rebateu.
BC/LF