O problema começou, na semana passada, com a recusa dos radiologistas de atender pacientes da Unimed porque a empresa havia decidido aplicar um redutor de 5% a 15% para os exames. O redutor é aplicado quando a clínica ultrapassa o montante especificado pela Unimed Fortaleza para aquela clínica. Em muitas delas, a quantidade especificada pela operadora corresponde à média de exames realizados pela clínica, no ano passado.

Sensibilizado com a situação dos usuários prejudicados com essa situação, o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da AL, deputado Fernando Hugo (PSDB), solicitou a realização de um debate com os envolvidos para que se chegasse a uma saída. “Propusemos a audiência no intuito de garantir ao consumidor, que acredita e põe fé, que o plano de saúde da Unimed cumpra o que no contrato propõe”, disse o tucano.

A Unimed, apesar de ter confirmado participação, não mandou nenhum representante. Apenas encaminhou um documento explicando que havia apresentado, ontem à noite, uma proposta de acordo com os radiologistas, durante reunião realizada na sede do Conselho Regional de Medicina (Cremec). “A questão já está com solução encaminhada e em vias de ser resolvida”, informou o comunicado do plano de saúde.

Dower Barroso confirmou a abertura de negociação e disse que as propostas apresentadas pela Unimed Fortaleza serão apreciadas durante assembleia da categoria depois do feriado.

O deputado Hermínio Resende (PSL) afirmou que, como médico cooperado, faz questão de acompanhar as negociações. “Não quero pender para A, B ou C, mas, garantir os direitos dos usuários, que não podem sair perdendo com essa briga”, comentou.

O representante do Cremec, Hebert Assis dos Reis, ressaltou que a entidade considera legítimo o movimento dos médicos radiologistas porque enaltece os princípios da ética médica. “É um movimento que deve ser acompanhado com cautela em busca de uma solução”, acrescentou.
CP/JU