O parlamentar informou que o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, entregou em outubro passado ao revisor ministro Ricardo Lewandowski o relatório do processo. “Quero que o maior escândalo político do País seja julgado. Espero que, quando trouxer esse requerimento para o Plenário da Casa, todos os parlamentares votem a favor disso”, pontuou.
O deputado lembrou do escândalo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado de envolvimento com negociações ilegais com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e pivô do escândalo que ficou conhecido como “Máfia dos caças-níqueis”. “O senador que todos acreditavam ser honesto caiu. Isso é lamentável. Estamos assistindo uma crise institucional dos poderes”, frisou.
Fernando Hugo disse que, se o caso mensalão tivesse sido julgado, outros escândalos políticos poderiam ter sido evitados. “Com a impunidade reinando, a improbidade vai continuar acontecendo”, assinalou.
Em aparte, o deputado Idemar Citó (DEM) apontou que a política brasileira vive um momento “sem moral”. “Em todos os setores políticos tem um escândalo. O mensalão não ir a julgamento é o escândalo dos escândalos”, criticou. Moésio Loiola (PSD) destacou que o caso do senador Demóstenes “causou perplexidade na população”. “Todos achavam que ele era um homem bastante honesto. A impunidade de crimes políticos favorece outros crimes”, salientou.
O deputado Welington Landim (PSB) frisou que os escândalos políticos decepcionam a população e mancham a imagem dos políticos. “A sociedade está cansada. Nós políticos precisamos ter cuidado. A falta de vergonha acaba com a imagem de todos”, frisou. Mirian Sobreira (PSB) ressaltou que “a falta de decisões e de julgamento está destruindo a imagem política do Brasil”.
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