Segundo Tin, de posse das notas taquigráficas da sessão de sexta-feira, ele destacou que naquela oportunidade teria dito que não ia se antecipar aos acontecimentos, declarando apoio ou rompimento com a prefeita.

“Isso não poderia acontecer porque somos um bloco de quatro partidos, PHS, PSL, PMN e PRTB, que irá decidir conjuntamente qual candidatura apoiar. A única coisa certa é a manutenção dessa aliança para as eleições municipais deste ano, em Fortaleza”, acentuou Tin Gomes.

O deputado repetiu que não iria fazer declarações, para depois ter de retroceder. “Não costumo morder a língua”, disse, complementando que a única decisão já tomada por seu partido é a manutenção da aliança com as três outras siglas, que deverão apoiar o mesmo candidato majoritário.

Tin Gomes também observou que o lançamento de diversas candidaturas à Prefeitura de Fortaleza é bom para o processo democrático, já que mais opções serão oferecidas aos eleitores. “Será a população que irá escolher o melhor projeto para a cidade. Haverá uma maior discussão”, frisou.

O parlamentar observou que já há pelo menos três candidatos no cenário político: Heitor Férrer (PDT), Inácio Arruda (PCdoB), e um nome do PMDB, já que este partido também entregou os cargos no Executivo Municipal. A esses se somariam um nome lançado pela prefeita, e o PT, prevê Tin. “No segundo turno, essas siglas poderão novamente se unificar em torno do projeto que a população indicar”, pontuou.   

O deputado disse ainda que não é da sua vida política usar a tribuna simplesmente para obter espaço na mídia através de pronunciamentos  pesados. “Nesse xadrez, realmente a gente tem de analisar friamente. Mas também não podemos mais deixar Fortaleza sem opções. Precisa haver alternativas de voto”.

Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) reconheceu que Tin não anunciou rompimento com a prefeita Luizianne Lins. “Cada aliança tem as suas peculiaridades. Estamos a um bom tempo das convenções e o quadro eleitoral ainda vai se alterar muito”, acentuou.
JS/LF