Você está aqui: Início Últimas Notícias Falta de segurança nos bancos é debatida em audiência pública na AL
O parlamentar ressaltou a importância de se chegar, com os textos legais que já existem, a um objetivo a ser cumprido, embasado no que preconiza a legislação. Ele citou a lei 14.961/2011, que dispõe sobre a instalação de divisórias individuais, proibição do uso de celular, instalação de câmeras de segurança e contratação de empresas especializadas para as agências bancárias do Estado do Ceará.
“Portanto, é aí que vamos cercar a problemática tão vigente hoje em dia da não instalação e, em alguns casos, até da retirada de portas de segurança”, acrescentou.
O presidente da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Gabriel Motta Rocha, afirmou que os bancos, além de mostrarem claramente que dão pouca atenção ao bem mais precioso que é a vida dos seus empregados e clientes, também fazem pouco caso da opinião publica.
Gabriel informou, ainda, que no mês de março, saiu uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça ratificando que a competência maior para fazer a legislação, com base no interesse local, além do Congresso Nacional, é das câmaras municipais. “Isso nos dá respaldo para que façamos um compilamento de todas as legislações já existentes e tratemos do Estatuto de Segurança Bancária na capital e nos demais municípios do Ceará”, complementou.
O capitão da Polícia Militar Wagner Souza falou sobre o assalto ocorrido há duas semanas na agência do banco Bradesco, localizada na esquina das avenidas Desembargador Moreira e Santos Dumont, destacando que o maior causador daquele crime foi a facilidade encontrada pelos bandidos.
“Os assaltantes disseram que imaginavam que a policia fosse chegar em 20 minutos ao local. Realmente, o trânsito ali é muito congestionado, mas, graças à eficiência das polícias militar e civil, não tivemos um problema maior. Porém, a falta de itens de segurança nas agências é uma maneira de facilitar a ação dos criminosos”, concluiu.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, ressaltou que ainda não há uma sensação de segurança e nem boas estatísticas. Segundo ele, existe um perfil dos criminosos envolvidos em mortes e ataques a bancos.
“A atuação do Estado, ainda que efetiva, não evita que o lastro do crime cresça. Ocorre hoje uma precarização da proteção à vida, em detrimento do aumento incessante do lucro. Essa ‘coisificação’ do cotidiano e da forma de viver não é razoável, nem aceitável”, afirmou.
O vereador de Fortaleza Iraguassu Teixeira (PDT) e o deputado Manoel Duca (PRB) também participaram da audiência pública.
RT/LF