Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas querem reforço na segurança de agências bancárias
A enquete perguntou como oferecer segurança a usuários das agências bancárias. A maioria, ou 89,1%, considera necessário o reforço na segurança, além da porta giratória e proibição de celular. Outros 9,3% confiam nas portas giratórias com detectores de metais como solução; enquanto apenas 1,6% dos votantes acreditam que a proibição de uso de celular nas agências tenha efeito.
Para o presidente da Comissão de Defesa Social da Casa, deputado Delegado Cavalcante (PDT), não basta investir na segurança particular e no policiamento militar ostensivo. Ele diz que é preciso a Polícia Civil especializada investigar esses crimes, para que as quadrilhas sejam desarticuladas.
Segundo o pedetista, aumentar o número de câmaras de vídeo de vigilância pode ajudar nesse trabalho, identificando os criminosos. “Prendendo e punindo, você intimida os bandidos e mostra que há uma repressão”, defende o parlamentar, que é delegado da Polícia Civil. “Existem quadrilhas especializadas. Essas ações não são coisas de amador”, alerta ele.
O presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Fernando Hugo (PSDB), acredita que essa é uma questão de segurança pública, mas também de relação entre cliente e empresa. Segundo observa, os bancos deixaram de ser o único alvo dos criminosos. A chamada “saidinha bancária” se tornou uma ação comum e tem causado mortes, além do prejuízo financeiro às pessoas que realizam saques de dinheiro e são assaltadas ao deixar a agência. O problema será discutido na Casa na tarde desta terça-feira(02/04) em uma audiência pública solicitada pelo parlamentar tucano.
O segundo vice-presidente da Assembleia, deputado Tin Gomes (PHS), é autor da lei que proíbe o uso de celulares nas agências e que também obriga os bancos a instalarem os biombos nos caixas – barreiras que impedem outras pessoas de verem o valor sacado pelo cliente. "Com essa divisória individual e sem o celular para se comunicar com os comparsas, os bandidos teriam maior dificuldade para executar a saidinha bancária", justifica.
O advogado Thales Pontes Batista, especialista em Direito do Consumidor, escreveu um artigo que critica a pouca atenção dada pelos bancos à segurança de seus clientes, facilitando a “saidinha bancária”. Ele diz que as agências podem ser responsabilizadas cível e criminalmente pelos prejuízos causadas aos clientes, vítimas desse tipo de crime.
Para Batista, enquanto fornecedores de serviços, os bancos devem arcar com a segurança de seus correntistas. Ele pondera que há o papel da segurança pública nesse contexto, mas que isso não exime a obrigação da empresa que presta o serviço ao consumidor.
DA/AT