Já 22,9% dos participantes consideram que não, que cabe à sociedade filtrar e checar melhor o conteúdo veiculado na rede. Outros 2,9% não têm opinião sobre o assunto.

O deputado Dedé Teixeira (PT) concorda com a maioria e afirmou que o marco civil da internet foi um divisor de águas importante na democratização do País. “O marco civil define os direitos e deveres de usuários e provedores de serviços e aplicativos na internet. Uma das vantagens dessa resolução é melhorar a segurança dos usuários da internet”, salientou.

O deputado Fernando Hugo (SDD) destacou que, com a aprovação do marco civil, os crimes na internet devem diminuir. “A lei existe para ser cumprida, portanto, o marco civil vai coibir e proibir o desmando comportamental de cidadãos que usam a internet para fazer o mal e cometer crimes”, frisou.

Já o deputado Roberto Mesquita (PV) ressaltou que, mesmo com o marco civil, não há como controlar as calúnias e boatos espalhados na internet. “Podemos identificar os culpados, algumas vezes, e punir, mas a internet é uma rede que se expande a cada dia, uma grande tecnologia sem amarras. Não tem como evitar, muitos a usam para fazer o mal e não tem como querer controlar essa grande rede”, disse.

O perito criminal da Polícia Federal, especialista em informática forense, Elano Matos afirmou que, com o marco civil da internet, as investigações dos crimes cibernéticos vão ficar mais fáceis. “Com o marco, os provedores guardam, por até um ano, os registros de acessos e a polícia pode investigar, com mais propriedade do que antes, os crimes e calúnias. Isso já é um grande avanço em termos investigativos”, salientou.
GM/CG