“Respeito as posições da Casa, mas, mais do que isso, não me sinto bem como deputado, em qualquer momento da vida de parlamentar, deixando de defender o acesso da população às galerias”, afirmou.
O deputado destacou que a segurança da Casa é fundamental e, caso seja ameaçada, entende a necessidade da manutenção da ordem, mas apontou que a manutenção do direito ao acesso pelos servidores, especialmente em um momento em que a vida deles será modificada completamente para os próximos 30 ou 40 anos, também é fundamental.
Para Carlos Felipe, não houve composição salarial, a economia está frágil, assim como os serviços públicos, há perda significativa para as aposentadorias dos servidores, o que representará problemas futuros para a vida desses trabalhadores, assim como há um baixo financiamento do sistema de saúde. Por todos esses motivos, afirmou o deputado, é crítico que os servidores não tenham acesso ao espaço da Assembleia Legislativa.
O parlamentar afirmou que é defensor do Governo do Estado e vota favorável à maioria das matérias do Executivo, mas as matérias que tramitam na Casa sobre o sistema previdenciário dos servidores não terão seu voto. “Entendo que existam dificuldades, entendo que exista um rombo e que é preciso buscar uma saída, mas entendo que poderia ser feito em outro formato, com um debate mais amplo”, sugeriu.
“Quero registrar minha tristeza, minha indignação. A Casa hoje sai menor”, ressaltou ainda o deputado.
SA/LF