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Sexta, 10 Agosto 2018 04:20

Fernando Hugo critica alianças

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No atual sistema político brasileiro, fazer alianças com o maior número de partidos, ainda que sejam de campos ideológicos diferentes, é fundamental para garantir ao governante, principalmente ao presidente da República, que ele tenha maioria no Parlamento para aprovar projetos de lei de interesse do governo. É o chamado presidencialismo de coalizão. Ontem, em discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Fernando Hugo (PP) alertou, porém, que acordos podem ser conduzidos pelo Executivo "a preços caríssimos" e levar ao governo pessoas "fichas-sujas".   Para ele, a lógica de arranjos feitos de maneira "antirrepublicana" deve permanecer nestas eleições, em razão da "ausência" de uma verdadeira Reforma Política no Brasil. "Se você não chamar o 'centrão', o 'esquerdim', o 'direitim', não terá como passar uma Mensagem no Congresso Nacional pela deformidade comportamental que a legislação político-eleitoral, que não existe, oferta", criticou. "O presidente eleito vai ter que dividir, muitas vezes, com pessoas sabidamente inescrupulosas, inexperientes, fichas-sujas e que têm um comportamento de improbidade escrito na testa", completou.   No discurso, o parlamentar chamou de "quadrilha" o Ministério do Governo Michel Temer (MDB), que tem nomes denunciados por crimes de corrupção e outros que já são réus em, pelo menos, um processo na Lava-Jato. Ele lembrou também do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), iniciado por um ex-aliado, o MDB.   Erro   O deputado Dedé Teixeira (PT), ao ouvir a fala de Fernando Hugo, admitiu que o "grande erro" do seu partido foi fazer determinadas alianças em seus governos. Ele defendeu uma Constituinte para a aprovação de uma nova Reforma Política.   Já Agenor Neto (MDB), em pronunciamento no fim da sessão, se mostrou aborrecido com o seu partido, liderado pelo senador Eunício Oliveira no Estado, por não ter sido procurado para tratar das estratégias de coligação para a eleição. Ele disse que vai avaliar se disputará reeleição em outubro próximo. "Acho, talvez, (que) nesse partido eu não signifique nada", reclamou.
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