“No momento na solenidade, ele informou que a sessão não poderia ser transmitida pela televisão, porque não haveria mais transmissões de sessões que homenageassem partidos políticos. Ele faz proselitismo religioso com os canais de comunicação da Casa, mas censurou um partido político que não pactua com os desmandos”, frisou.

Roseno considerou que tem “enormes divergências” com a Mesa Diretora da Assembleia, contudo não imagina acontecer uma semelhante censura no Legislativo estadual.

“Eduardo Cunha  é denunciado pelo Ministério Público Federal, que produziu uma peça primorosa com farta qualidade da prova, que o incrimina pelo recebimento de milhões de dólares em propina. Por isso, o Psol está solicitando o afastamento do deputado da direção do Poder. Talvez o seu ódio ao Psol tenha essa origem”, avaliou.

ELOGIO
Renato Roseno elogiou “o pequeno e aguerrido Psol”, que tem quatro deputados federais e um senador, “mas é grande no seu destemor”. Para o deputado, a censura da sessão solene não apequenou o partido, pelo contrário, o engrandeceu. “Vivemos um momento difícil, em que a política é criminalizada, mas nos mantemos coerentes com nossos princípios”, pontuou.

Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) solidarizou-se com o Psol, em nome do PMDB do Ceará. “Não gosto de perseguir ninguém. Não sei como foi toda a história da censura da sessão, mas se foi como aqui relatado, não posso concordar com esse acontecimento”.   
JS/CG