Segundo ele, nos locais em que o Governo gasta R$ 4 mil por cada criança e adolescente há uma superlotação. “As salas de aula são transformadas em celas de cadeia para abrigar. Estamos vendo que, nesses locais, a capacidade é de 60 pessoas, e lá estão mais de 120 pessoas. Então há um fracasso. São inúmeras as rebeliões com resultados que nos mostram casos de morte”, relatou.

Com isso, o parlamentar destacou a necessidade de se saber como os recursos estão sendo aplicados. “Porque há uma clareza: eles não estão atendendo à finalidade de socioeducar e fazer com que essas pessoas se reintegrem à sociedade”, disse. Roberto Mesquita se somou ao pleito de Roseno para que seja “criada uma comissão especial para analisar com percuciência o que acontece no nosso sistema socioeducacional”.

E aparte, o líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), disse que concorda com a proposta de criar uma comissão para analisar a situação e reconheceu o baixo índice de crianças e adolescentes recuperados. No entanto, observou que o assunto vai além do Poder Executivo. O parlamentar ressaltou que, em razão da relevância do papel da Assembleia, “temos que puxar a responsabilidade para esta Casa”, seja por meio de audiências ou da instalação da comissão, para “ver o que pode ser melhorado”.

Já o deputado Renato Roseno (Psol) reafirmou a necessidade de instalar a comissão na Casa, uma contribuição, segundo ele, que daria o Legislativo cearense. Ele acrescentou que as condições de insalubridade nessas unidades foram reveladas em relatórios de inspeção do Ministério Público.
LS/JU