O Coepa se reuniu para decidir sobre a possibilidade de tombamento da Praça Portugal, que teve como resultado a rejeição da proposta por 12 votos a sete.

O parlamentar informou que esteve presente à reunião, representando a Assembleia Legislativa, e que houve relatórios técnicos que não recomendavam o tombamento. Além disso, segundo ele, apesar de a Praça Portugal fazer parte do patrimônio cultural da cidade, o espaço “decorre de um semáforo e foi criada pela ditadura militar”.

José Sarto destacou que a outra alternativa para o local seria um túnel no cruzamento das avenidas Desembargador Moreira e Dom Luís. Porém, de acordo com o deputado, o túnel seria inviável, pois não haveria espaço suficiente para declive e aclive, podendo gerar engarrafamento dentro do túnel e a necessidade de acabar com uma área de pedestres no entorno.

Segundo o deputado, o projeto defendido pela Prefeitura de Fortaleza terá quatro espaços de convivência, somando três mil metros a mais que a Praça Portugal.

O parlamentar defendeu a intervenção e ressaltou que o binário da Avenida Santos Dummont estaria diminuindo o tempo de percurso dos ônibus em cerca de 200%, e dos carros em 48%.

Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) afirmou que as cidades brasileiras, a partir da década de 1950, adotaram um modelo de mobilidade baseado no carro, e que a população vem sendo penalizada pelas consequências dessa escolha, com problemas causados pela poluição e dificuldades na mobilidade.

Ele ressaltou que os cruzamentos circulares são adotados como solução em vários países e que o tombamento da Praça Portugal seria um instrumento que permitiria estimular e ampliar o debate sobre o Plano de Ações Imediatas de Transporte e Trânsito de Fortaleza (PAITT).
JM/JU