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Sexta, 26 Setembro 2014 06:56

Coluna Política

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  É complicada a situação do PT em quase todos os estados de maior peso econômico e político do Brasil. Líder na eleição presidencial, o partido, pelas últimas pesquisas de institutos de maior expressão, teria vitória apenas em Minas Gerais entre os principais centros. Curioso, pois se trata do Estado de Aécio Neves (PSDB), que começou a eleição como principal rival de Dilma Rousseff (PT) na disputa presidencial, até Eduardo Campos morrer e ser substituído por Marina Silva (PSB). Dos cinco estados em que venceu em 2010, apenas no pequeno Acre o PT chega como favorito, a pouco mais de uma semana da eleição. Petistas lideram ainda em Mato Grosso do Sul e no Piauí, que pode ser o único estado governado pelo partido no Nordeste, apesar da hegemonia política de Lula e Dilma. Nesse cenário, o Ceará ganha papel de relevo na estratégia do partido. Como O POVO mostrou na quarta-feira, o próprio secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, reconheceu essa dificuldade, em discurso na noite anterior, em Fortaleza. “Temos poucos candidatos a governador com viabilidade no País. No Rio Grande do Sul, nosso governador (Tarso Genro) está atrás da Ana Amélia (candidata do PP). Na Bahia, estamos com dificuldade. Estamos muito bem no Piauí e no Acre. Mas é muito pouco para o partido. O Ceará tem de entrar nesse mapa”, discursou Carvalho, conforme registrou o repórter Bruno Pontes. Com exceção dos quatro estados em que o PT lidera – Acre, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Piauí – o Ceará é onde o candidato petista aparece com mais chance de vitória. Isso apesar de Camilo Santana estar atrás de Eunício Oliveira (PMDB), sete pontos no Datafolha, cinco no Ibope, este último em empate técnico. Não é favorito, mas está melhor que candidatos do PT no Distrito Federal, em que a situação está um tanto embolada, mas bem complicada para o atual governador Agnelo Queiroz. Camilo também está melhor que Tarso Genro, em dificuldade para se reeleger no Rio Grande do Sul. Na Bahia, Jaques Wagner também patina para eleger o sucessor. Nos outros estados em que o PT tem candidato – Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo, aí que a situação é periclitante mesmo, conforme as pesquisas. Por isso, o peso eleitoral do Ceará se torna mais estratégico para o PT. Isso é mais um elemento que os dirigentes da campanha de Camilo no Estado levam ao comando nacional em busca de mais engajamento. Como Carvalho afirmou também em Fortaleza, ele tentará que Lula grave para o programa do candidato de Cid Gomes (Pros). Também é uma arma que é usada para tentar atrair alguns petistas no Estado, que não engolem os Ferreira Gomes e não identificam na candidatura a marca do partido, mas do governador e de seu irmão Ciro Gomes.
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