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Para Balhmann, bancada cearense foi ´combativa´ - QR Code Friendly
Segunda, 05 Agosto 2013 05:19

Para Balhmann, bancada cearense foi ´combativa´

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O deputado Antonio Balhmann diz que, após os protestos, momento é de renovar lideranças políticas para atender aos anseios de mudança O deputado Antonio Balhmann diz que, após os protestos, momento é de renovar lideranças políticas para atender aos anseios de mudança Foto: Helosa Araújo
  O coordenador da bancada federal do CE diz que prioridade de pauta foi a cobrança de recursos contra a seca Após um semestre de pautas polêmicas e intensa pressão popular na agenda do Congresso Nacional, o coordenador da bancada federal do Ceará, deputado Antonio Balhmann (PSB), diz acreditar que os parlamentares cearenses tiveram uma postura "combativa" para defender os interesses do Estado, mesmo quando foi necessário posicionar-se contra o Governo Federal. "A bancada foi extremamente operativa", avalia.Antonio Balhmann ressalta que um dos tópicos mais pautados pelos deputados federais e senadores cearenses em Brasília foi a negociação de recursos para minimizar os efeitos da seca no Ceará. "Houve muitas cobranças: de forma individual, da bancada do Ceará, da bancada regional do Nordeste", destaca. Ele acrescenta que ainda falta um planejamento efetivo do poder Executivo para garantir a sustentabilidade da produção de alimentos no semiárido, justificando ser incoerente o termo "emergencial" para ações que deveriam ser incorporadas permanentemente no escopo de políticas públicas. No que se refere à liberação de recursos, o coordenador da bancada federal cearense afirma estar otimista, ponderando que este ano os deputados indicaram um valor menor em emendas parlamentares, porém mais "real". "Temos perspectiva de ter mais do que no ano passado. Os valores globais (indicados pelos deputados) foram menores, mas o nível de garantia é maior", analisa Balhmann. Nos últimos meses, pesquisas de opinião apontaram a queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff. Para o deputado Antonio Balhmann, a onda de protestos que tomaram as ruas do País no mês passado demonstram o anseio de novas lideranças políticas. Apesar de reconhecer impasses, o parlamentar aposta que ainda há espaço para a continuidade do projeto do PT na esfera federal. "O líder dessa nova fase certamente não são os líderes da fase atual, mas acho que a presidente Dilma tem condições de dar consequência a esse processo", reflete, opinando que o engajamento para a reeleição da chefe do Executivo federal seja o motivo que poderá reaproximar PT e PSB em Fortaleza. E completa: "O momento é de que a ansiedade (demonstrada nos protestos) seja expressa. Não queremos mais só programas sociais". Crise Mesmo admitindo a crise de lideranças vivenciada nos partidos políticos e considerando divergências do Governo Federal com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o deputado Antonio Balhmann afirma que a legenda ainda dispõe de bons quadros para lançar nas eleições do próximo ano. "Considero o PSB a grife política nacional dos partidos. Tem raízes ideológicas profundas, principalmente no Nordeste brasileiros, e é um partido que tem mecanismos fisiológicos que compreendem o Brasil no seu contexto nacional", declara. Atualmente, o PSB está dividido entre a parcela que apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff - cujo coro maior é do governador Cid Gomes - e da fatia que aposta numa candidatura própria da legenda, ao lançar Eduardo Campos candidato. A despeito das controvérsias, Balhmann enfatiza que esse cenário não coloca o PSB cearense isolado no contexto nacional. "Em conversa com Eduardo Campos, a posição dele é muito clara, ele expressou isso para mim muitas vezes. Não há problema operacional nenhum. Embora a gente compreenda que há uma certa tensão por uma perspectiva que não está confirmada - embora haja um conflito evidente - isso não significa falar em exclusão do partido", esclarece o parlamentar. Confirmando que os representantes do PSB cearense no Congresso apoiarão a posição do governador Cid Gomes em 2014, ainda que leve a um racha interno na legenda, o coordenador da bancada federal do Ceará considera ser improvável um recuo do governador Eduardo Campos em relação à candidatura a presidente. Candidatura lançada "O governador Cid apoia e tem falado publicamente sobre a reeleição da presidente Dilma. E, embora se fale que a propositura do governador Eduardo Campos não seja ainda uma candidatura, a gente entende que ele está com uma candidatura lançada", dispara. Ele complementa: "Eu, pessoalmente, acho que ele (Eduardo Campos) já foi muito longe para voltar, mas política é isso. Muita coisa mudou depois das manifestações de ruas". Além das divergências de repercussão nacional, o PSB do Ceará também convive com conflitos locais. Uma das poucas vozes a fazer oposição a Cid Gomes na Assembleia Legislativa é a deputada Eliane Novais, do mesmo partido do governador. Questionado sobre o limite da sigla em suportar confrontos dessa natureza, o deputado Balhmann minimiza o cenário. "O governador é um democrata essencial, nunca o vi constrangido por isso, embora evidente que há uma diferença entre a posição e a verbalização dele e da deputada em relação ao PSB atual, seus líderes, mas não vejo que seja tão importante a ponto de determinar qualquer futuro político no Ceará, e muito menos nacional. Não tem a pressão que às vezes se quer dar. Não vejo nada que mereça tanto foco e tinta em cima dessa matéria", opina o deputado. Mudança Sobre a configuração do PSB nas eleições do próximo ano no Ceará, Balhmann adianta que, por enquanto, a única mudança prevista é a candidatura do atual deputado federal Edson Silva à uma vaga na Assembleia Legislativa. O restante da bancada federal do partido possivelmente tentará manter a cadeira na Câmara Federal, sendo eles o próprio Balhmann, Ariosto Holanda e Domingos Neto, garante o coordenador da bancada cearense no Congresso. Sobre a candidatura ao Governo do Estado e as coligações para o Senado, reforça que o assunto não está definido. Atual aliado do PSB, o senador Eunício Oliveira (PMDB), que já demonstrou claro interesse em concorrer ao Executivo estadual, é uma possível barreira que o PSB poderá encontrar no próximo ano. Indagado sobre o papel do senador cearense na conjuntura que envolve o PSB, Balhmann resume: "não faço a menor ideia". Em pesquisa do Instituto Ibope divulgada no final de julho, Eunício Oliveira aparece com 20% das intenções de voto para o Governo do Estado contra 4% do ministro Leônidas Cristino e 4% do vice-governador Domingos Filho, ambos do PSB. Questionado sobre a falta de "capilaridade eleitoral" de algumas lideranças do PSB especuladas para disputar a vaga do Governo Estadual no próximo ano, o deputado Antonio Balhmann justifica que ainda há tempo hábil para a construção de um nome para suceder o governador Cid Gomes. "O PSB não terá problemas para indicar candidato ao Governo Estadual em 2014. A capilaridade eleitoral nasce com a propositura política evidenciada, ela nasce no embate da campanha. É a construção de uma liderança", pontua.
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