Ela citou o relatório da Secretaria Especial de Direitos Humanos, da Presidência da República, com dados de 2011, mostrando que no Ceará as violações contra a população LGBT alcançam 476 denúncias (num universo de 100 mil habitantes). “Esses crimes não podem ser considerados crimes comuns. São crimes com grandes requintes de crueldades”, disse. Mirian Sobreira exemplificou a violência com o caso do professor Luiz Palhano de Loiola, de Crateús, assassinado em maio de 2010 com mais de vinte facadas.
Para a deputada, a realidade requer que gestores de políticas públicas, de academias, do Legislativo, do Executivo e do Judiciário passem a realizar ações específicas no intuito de erradicar a homofobia, e contribuir para o resgate da cidadania de uma população que, segundo dados do IBGE, somam cerca de 18 milhões de brasileiros. Ela ressaltou que o Governo não tem se acovardado na defesa desta população. “Fomos o primeiro Governo no âmbito estadual que teve a coragem de criar uma Coordenadoria de Políticas Públicas para LGBT com dotação orçamentária específica para a realização de várias ações que visem o enfrentamento da homofobia”, afirmou.
Mirian Sobreiro também relatou que o governo municipal, por meio da Coordenadoria Municipal de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, que tem a frente Andrea Rossati, está implementando ações como palestras, oficinas temáticas e capacitações para servidores municipais. A deputada comunicou que nesta sexta-feira (17/05) será realizado o "Seminário que tem como tema Criminalização da Homofobia, Religião e Educação", no auditório Murilo Aguiar da Assembléia .
HS/CG