A parlamentar considerou “inaceitável” o fato de a Cagece ter afirmado que a falta de abastecimento no Frotinha do Antonio Bezzerra só será resolvida em 2014 com a construção da Estação de Tratamento Oeste. “Enquanto isso, a população vai ter que conviver com o risco de não ter um atendimento emergencial à saúde. Todos sabemos que obras na área de saneamento são demoradas”, ressaltou.
Eliane Novais defendeu a elaboração pela Companhia de um plano de contingência alternativo para solucionar as demandas emergenciais enquanto as obras estruturais não são concluídas. “É preciso que a Cagece e a Secretaria das Cidades, comandada por Camilo Santana, apresente uma alternativa”, cobrou.
Para ela, o problema “é uma violação a um direito essencial e uma questão de saúde pública”. Conforme a parlamentar, o problema de falta de água atinge 22 bairros da cidade. “É inadmissível que a Cagece não seja capaz de garantir o que é sua obrigação legal: fornecer água ininterruptamente a todos os cearenses. As metas pactuadas entre Prefeitura e Cagece estão sendo descumpridas”, sentenciou.
A parlamentar socialista contestou as declarações da empresa responsável pelo serviço, de que a falta d’água é consequência do crescimento populacional. Segundo ela, o bairro Antônio Bezerra tem um nível de crescimento baixo, porque é antigo, com poucos terrenos para construção. “O que acontece lá é um processo de verticalização, mas em ritmo bem mais lento que os bairros da regional VI e a zona sul da cidade - que têm sim um crescimento acelerado e vivem uma grande explosão imobiliária e comercial”, apontou.
Segundo afirmou, o saneamento executado pela Companhia não está acompanhando o crescimento vertiginoso da cidade. “Do novo centro de eventos para lá, a cidade não tem saneamento. No bairro José de Alencar, assim como em áreas adjacentes, a situação piora com a falta d´água”, exemplificou.
A deputada disse que o sistema de distribuição atual não oferece pressão suficiente para levar água às casas. “Muitas vezes, a pressão não é suficiente para encher nem uma caixa d’água de 500 litros de uma casa plana. Antes, a água no bairro chegava todas as noites. De uns tempos pra cá, nem isso. São 10 anos de convivência com este problema. Somente agora que uma obra foi feita”, disse.
LS/AT