Ele salientou que o que a categoria quer é uma valorização, dentro do possível, real e justa.
“Queremos solicitar a recomposição do que foi perdido de inflação, que nunca foi reposto, e a construção de uma carreira digna”, assinalou.
O parlamentar informou que fez três pedidos de reunião ao Governo para tratar do assunto, “para os quais não me deram um retorno até agora”. A mensagem em questão, entretanto, ainda não chegou à AL.
Soldado Noelio chamou de “irresponsável” a atitude do governador Camilo Santana e do secretário de Segurança Pública do Estado, André Costa, de não comunicarem diretamente à categoria a proposta de reestruturação.
“Nós ficamos sabendo dessa tabela por meio de postagem no Instagram. Eles não tiveram nem coragem de comentar o reajuste de todas as categorias”, acrescentou.
O deputado voltou a argumentar, explicando as reduções salariais que a categoria sofreu ao longo dos anos, e pontuou a extinção do Auxílio Especial de Reforço à Renda, que provocou a redução de 3% no salário dos sargentos. 'E O reajuste, proposto agora, de 2,4%. É uma perda de 0,6% sendo vendida como ‘maior pacote de valorização para profissionais de segurança pública’ pelo Governo do Estado”, frisou.
O parlamentar reforçou que há três mil policiais nos arredores da Assembleia Legislativa no momento de seu discurso em protesto contra essa proposta, e “que se o governo gastou R$ 1 bilhão com Segurança Pública, como costuma afirmar, e tem tanta gente assim se sentindo prejudicada, é sinal de que o Governo está gastando muito, e está gastando errado”, afirmou.
Em aparte, o deputado André Fernandes (PSL) criticou o anúncio da proposta realizado pelo Governo via redes sociais. Já o deputado Renato Roseno (Psol) sugeriu que seja criada uma comissão da Assembleia Legislativa para que participe, formalmente como mediadora, de uma nova reunião para negociações entre Governo do Estado e a categoria, que deverá acontecer na segunda-feira (10/02).
PE/AT