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Quarta, 08 Mai 2019 11:35

Bruno Gonçalves avalia argumentos sobre liberação de bebidas nos estádios

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Deputado Bruno Gonçalves Deputado Bruno Gonçalves Foto: Edson Júnior Pio
O deputado Bruno Gonçalves (Patri) se posicionou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (08/05), sobre o projeto de lei que tramita na Casa, autorizando o comércio e o consumo de bebida alcoólica cujo teor não seja superior a 10% nos estádios e arenas esportivas do Estado. Para o parlamentar, “o álcool é, acima de tudo, um problema de saúde, e não seria coerente que o Poder Público estimulasse o uso de qualquer droga que faça mal à saúde”.

Na avaliação do deputado, quando um Poder Público constituído, como o Parlamento estadual, autoriza ou libera o consumo de bebidas alcoólicas, ele está estimulando a população cearense a utilizar algo prejudicial para ela.

“Quem defende este projeto alega que o álcool não influencia na violência dentro dos estádios, pois ela seria motivada por fatores externos, como briga de facções, mas ao mesmo tempo o projeto apresenta uma série de restrições ao consumo do álcool”, apontou Bruno Gonçalves.

Em sua avaliação, neste ponto, a proposta é contraditória. “Se a alegativa é de que o consumo de álcool nos estádios não faz mal e não interfere na violência, para que tantas restrições? Ou se libera tudo ou não se libera nada”, questionou.

Ainda no entendimento do deputado, nenhum outro grande evento público gera tantas emoções quanto o futebol. “Em um show de forró, se o cantor não canta a sua música, você não xinga ele, mas em uma partida de futebol se hostiliza e se xinga com muita frequência”, salientou Bruno Gonçalves.

O parlamentar também assinalou que o futebol é um momento de grande emoção e euforia, e o mínimo de teor alcoólico que se coloque neste ambiente, estimula as pessoas à agressividade. "O álcool não combina com a emoção de 70 mil pessoas em um estádio.”

Em aparte, o deputado Audic Mota (PSB) admitiu que ainda não tem um posicionamento formado sobre a questão.“Estamos entre o direito do cidadão de consumir e o dever do Estado de fiscalizar, mas também diante de uma questão social que não é simples, pois tratamos de multidões”, avaliou Audic Mota.

RG/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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