O parlamentar disse ter chegado a essa constatação ao refletir sobre a grande quantidade de votos nulos ou em branco no último pleito. Em algumas cidades ou estados, o número de abstenções ultrapassava a quantidade de votos dos candidatos vencedores.
Sobre esse assunto, Fernando Hugo afirmou que o ato de não votar por descrença na política, assim como “a ideia de considerar todos os políticos como iguais, ladrões” estão calcados numa “lógica imbecil”.
“Essa omissão é que possibilita que os ricos abram seus caminhos dentro da vida pública, associando-se com políticos e com via aberta para comprar e cooptar políticos, partidos e eleitores”, disse.
Toda essa situação, conforme observou, já vem acontecendo há anos e não irá mudar tão cedo, haja vista que o Congresso Nacional nunca aprovou uma reforma política ou partidária verdadeira.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (Pros) afirmou que a corrupção, hoje, acontece com a chancela de Prefeitura, Estado e demais instituições. A proibição da doação realizada por pessoas jurídicas às campanhas, segundo ele, levou o Congresso a adotar outra medida para angariar recurso, no caso, a criação do Fundo Eleitoral.
De acordo com o parlamentar, “foram retirados cerca de R$ 1,7 bilhão de emendas de bancada para saúde e infraestrutura e jogaram nesse Fundo Eleitoral para abastecer as campanhas”, lembrou, criticando o que, para ele, seria uma omissão do Ministério Público Eleitoral em relação ao assunto.
PE/PN