O parlamentar levantou a hipótese de que a votação das contas teria sido uma manobra politiqueira, “que atribuo ao desespero que hoje está levando os vereadores da situação em relação à candidatura que é oposição”. “É lamentável isso que está acontecendo nas Câmaras Municipais”, disse.
Resende, que à época era vice-prefeito de Júlio César, avaliou como mais grave na decisão o fato de o presidente da Casa, que se encontra em recesso parlamentar, “ter convocado uma sessão extraordinária para empossar um vereador e não para julgar conta”. “E na hora um vereador fez uma solicitação verbal para se colocar em pauta as contas”, criticou.
O deputado explicou quais os procedimentos que levaram as contas a serem questionadas, reconhecendo que foram dois equívocos sanados. Um deles, lembrou ele, foi quando o prefeito Júlio César optou por não fazer a antecipação orçamentária para poder pagar o 13º salários dos funcionários, o que levou a geração de multa de R$ 1.064. “Nós pagamos em janeiro, portanto ficamos livres”, esclareceu.
O segundo equívoco, conforme ele, teria sido a contratação de três corretoras para vender as ações da Coelce do município de Maracanaú no valor de R$ 8 mil e a prefeitura contratou por R$ 9,3 mil. “O TCM observou e gerou uma multa de R$ 1.064 e nós pagamos. Portanto não teve desvio, foi um erro, um equivoco”, avaliou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) esclareceu que as contas aprovadas pela Câmara de Municipal foram de governo e não de gestão. A parlamentar explicou que o Legislativo de Maracanaú teria recebido um documento do Ministério Público e do Tribunal de Contas dando conta da desaprovação e que, portanto, o presidente tinha urgência em votar. “ E na hora da posse do vereador estavam quase todos os parlamentares”, argumentou.
O deputado Heitor Férrer (PDT), em aparte, lamentou que “depois de 14 anos ainda tenha conta pendente de julgamento”.
LS/CG