A parlamentar informou que a paciente sofre com dores constantes e está em uma fila de espera que “não deve existir em um caso como esse”. De acordo com Dra.Silvana, a paciente foi encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia de Sobral para aguardar a cirurgia. Em seguida, a mandaram de volta para o Hospital de Barroquinha, e de lá, de volta para casa, com o argumento de que “a cirurgia iria demorar”.
“É desumana uma situação como essa, um desrespeito não só com ela, mas com todos. Eu fiquei com vontade de fechar aquele hospital”, disse.
Dra.Silvana apontou ainda outro caso em que um paciente com tumor intracraniano foi ao Hospital Fernandes Távora, em Fortaleza, em busca de medicamentos para aliviar suas dores. A médica responsável, ainda conforme a parlamentar, “receitou dipirona e que o paciente voltasse para casa porque havia outros pacientes prioritários”.
“Receitar dipirona para um paciente com câncer sofrendo com dores? Os médicos estão perdendo a sensibilidade e isso não pode acontecer”, lamentou. Ela afirmou ainda que deveria ser realizada auditoria em todos esses hospitais, para garantir a eficácia do atendimento aos pacientes.
O deputado Renato Roseno (Psol), em aparte, frisou que a saúde se insere entre os direitos humanos fundamentais e, no caso dos idosos, trata-se de um direito especialíssimo. Ele informou que uma assessoria jurídica pode realizar uma representação junto ao Ministério Público, argumentando “omissão do Estado”.
O parlamentar ponderou ainda que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) pode realizar auditorias nos hospitais. Segundo ele, o TCE não trabalha apenas no sentido contábil, mas também na averiguação da prestação dos serviços públicos à população. Segundo Renato Roseno, a paciente tem direito de ser indenizada.
Já a deputada Fernanda Pessoa (PR) informou que entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado sobre o caso da paciente de Barroquinha, e disse que sua solicitação ainda “aguarda agendamento”. “Uma situação como essa não pode esperar. E olha que estamos falando apenas de uma paciente. Imagine quantas estão nessa mesma situação”, considerou.
PE/AT