Para o parlamentar, o Governo perdeu a guerra contra o crime, haja vista os índices crescentes de homicídios registrados em abril passado. “O Ceará se tornou o estado mais violento do País, porque as políticas adotadas foram ineficientes."
Na área de saúde, Roberto Mesquita também apontou “uma situação caótica". Ele observou que já foram até exibidas, pelos noticiários nacionais, situações de pacientes do Hospital Geral de Fortaleza sendo obrigados a comprar seringas e soro, porque a unidade hospitalar não dispõe dos recursos. “Não gosto só de atacar, mas como posso deixar de falar da saúde, quando no Bom Dia Brasil mostrou Hospital Geral sem seringa e sem soro?”, avisou.
Na área de habitação, o deputado destacou que há 2.096 moradias abandonadas, construídas com dinheiro do programa federal Minha Casa, Minha Vida, “por birra”. Ele explicou que as moradias foram edificadas em Maracanaú, cidade administrada por um grupo político não alinhado com o Governo do Estado. Por isso, não foram construídos os equipamentos de infraestrutura necessários para que o conjunto recebesse o “Habite-se”.
Roberto Mesquita lembrou que, anualmente, cada deputado tem o direito de destinar R$ 1 milhão do orçamento, através de emendas, para as áreas que julgar apropriadas. No entanto, segundo afirmou, as emendas da bancada de oposição não são liberadas; “ao mesmo tempo, os aliados recebem duas vezes esse valor. Não há justiça praticada pelo governador Camilo Santana”.
O deputado Leonardo Araújo (PMDB), em aparte, disse que fica preocupado com a situação do Estado, já que toda semana há matéria jornalística em rede nacional “mostrando o descaso com o setor de saúde".
O deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmou que, em abril, foram registradas 577 mortes, e somente no último final de semana ocorreram 51 assassinatos. “Isso não se vê nem na Síria, que está em guerra civil”, afirmou.
O deputado Capitão Wagner (PR) lembrou a falta de bloqueio dos celulares nos presídios do Estado porque o Governo não comprou equipamento, como fez o Governo do Rio Grande do Norte e de São Paulo. Isso, na avaliação dele, facilita a articulação de facções criminosas.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) disse que a Prefeitura não dá o "Habite-se" para o conjunto habitacional de Maracanaú porque não há os equipamentos públicos necessários na área.
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