Segundo o parlamentar, o Ceará só perde para São Paulo e Rio de Janeiro em número de policiais assassinados, considerando que São Paulo tem dez vezes mais policiais que o Ceará, e o Rio de Janeiro cinco vezes mais. Ele afirmou que, se fossem números relativos, o Ceará seria o primeiro colocado no Brasil onde mais se mata profissionais de segurança. “A principal causa é a falta de ações enérgicas contra o crime organizado. O Estado é muito passivo em relação a isso”, criticou.
Capitão Wagner lamentou que a resposta do Estado tenha sido o silêncio. “A gente está pedindo é que o Governo do Estado tenha uma atenção especial nessa área de infraestrutura para os profissionais de segurança, para que eles possam oferecer para a população uma segurança pública de qualidade”, cobrou.
O parlamentar disse que a presença de policiais e viaturas na cidade dando caráter mais ostensivo à Polícia Militar não resolve o problema. “Os criminosos já sabem que, na verdade, temos fantoches, dois policiais a pé, mas a viatura não tem sequer rádio”, afirmou. “Mostra que a Polícia está presente só em corpo, mas não pode agir”, acrescentou.
Em aparte, Joaquim Noronha (PRP) elogiou o policiamento ostensivo na cidade. “Eu tenho me sentido mais seguro”, disse. O parlamentar contestou a declaração de que os policiais estão apenas como “fantoches”. “Eles estão ali para inibir a ação. Talvez, se não tiverem a condição de evitar, só em estar ali têm condição de inibir”, reforçou.
O deputado Renato Roseno (Psol) se solidarizou com os trabalhadores da área que morrem nessa lida diária para dar mais segurança à população. O deputado também apontou a ausência de prevenção, infraestrutura, além da falta de formação e carreira dos policiais.
O deputado Tomaz Holanda (PMDB) parabenizou o orador e reforçou a preocupação com a segurança, registrando o assalto que ocorreu há 17 dias na sua casa. O peemedebista afirmou que as condições das delegacias são péssimas. “Os policiais querem trabalhar, mas não têm condições”, disse.
LS/CG