Segundo ele, milhares de pessoas foram às ruas em mais de 70 cidades do Brasil e o Congresso Nacional precisa ouvir a voz das ruas. Ele citou as manifestações que aconteceram ontem, em Fortaleza. Informou que cerca de 50 mil pessoas participaram de uma caminhada, saindo da Praça da Bandeira, seguida de um ato próximo ao Centro Dragão do Mar.
O parlamentar destacou que vários juristas afirmam que não há um crime de responsabilidade cometido pela presidente e entidades políticas e também religiosas, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), defendem a continuação do mandato de Dilma Rousseff.
“O que se defende não é o Governo atual e o PT, mas a democracia conquistada a duras penas. Se a oposição quer alternância do Poder, que espere as eleições de 2018”, enfatizou.
Para George Valentim a crise política fragiliza a economia e coloca em risco as conquistas sociais dos últimos anos. O parlamentar enfatizou que considera a linha sucessória desencorajadora.
O deputado assinalou ainda que os moradores de Maranguape não estão sendo atendidos pelos planos de saúde quando precisam de tratamento domiciliar, o chamado “home care”. Explicou que foi informado que os planos de saúde alegam que esse serviço só é oferecido em Fortaleza, mas o parlamentar ressaltou que as operadoras de planos de saúde não informam isso quando da assinatura do contrato. "Essa recusa pode gerar ações não só nos órgãos de defesa do consumidor, mas também indenizações por danos morais." O parlamentar esclareceu que essas reclamações serão encaminhadas ao Procon e ao Decon e as operadoras serão chamadas para explicar por que estão negando o tratamento domiciliar.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) observou o que está em debate não são as pedaladas fiscais, mas o escândalo envolvendo a Petrobras e as relações promiscuas entre empresas e partidos. Para ele, “a presidente não teve a grandeza de pedir desculpa à nação”.
O parlamentar declarou que considera a administração da presidente ineficiente, pois está desmantelando economia. Roberto Mesquita criticou também as articulações do ex-presidente Lula, em Brasília, que estaria negociando cargos em troca de apoio contra o impeachment.
Roberto Mesquita lembrou as manifestações contra o presidente Fernando Collor, quando muitos jovens foram às ruas pedir a saída do presidente. Afirmou que “causa mais estranheza ainda os jovens terem perdido a capacidade de se indignar.”
JM/AT