Conforme divulgado, em média, foram 289 furtos por dia em julho, totalizando 8.981 ocorrências no mês. Dentre as 18 áreas integradas de segurança (AIS) do Ceará, Fortaleza concentrou 58% dos crimes. “Acredito que os dados divulgados são reais, pois Fortaleza anda vivendo dias de cão. Porém, não é justo atribuir a culpa somente aos governos municipal e estadual. Há muito tempo que o Governo Federal não investe na segurança pública do País”, avalia.
Capitão Wagner lembrou que o Governo Federal poderia utilizar o trabalho das Forças Armadas do Brasil e de outras instituições para impedir a entrada de drogas nas fronteiras. Conforme o deputado, atualmente, os soldados assistem traficantes cruzarem a fronteira e não podem abordá-los, por precisarem de um decreto dando autonomia para a ação.
De acordo com o parlamentar, jogar a responsabilidade somente para os estados e municípios não seria coerente. O correto seria que cada um fizesse sua parte. O parlamentar questionou ainda a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as organizações que atuam no narcotráfico no Ceará. “Essa CPI foi anunciada, e não vejo nada. Vou começar a acreditar que seu intuito era apenas atrapalhar a CPI do Acquario Ceará”, declarou.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que o número divulgado deveria estar errado, pois tem certeza que deve ser o dobro. “As pessoas não fazem mais Boletim de Ocorrência por estarem acostumadas com a situação. Isso se deve também à quantidade de policiais que temos nas ruas. Em Lavras da Mangabeira, são quatro policiais para proteger 32 mil habitantes”, reclamou.
LA/AT