O parlamentar também criticou a Companhia Energética do Ceará (Coelce). De acordo com Carlos Felipe, muitas cidades do interior do Estado estão equipadas e prontas para fazer o abastecimento de água, “mas as máquinas não funcionam por falta de energia”. De acordo com o deputado, o Governo estadual gasta R$ 1,6 milhão por mês para garantir a energia da obra, já que a Coelce ainda fez a ligação.
Carlos Felipe, citando entrevista da escritora Rachel de Queiroz, em 1998, lembrou ainda que “a realidade do sertanejo mudou bem pouco de 100 anos para cá”. Nos últimos anos, conforme observou, houve melhorias, como a construção de sistenas de placas, o programa Bolsa Família, mas reconhece que ainda não é o ideal.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD) frisou que, apesar de a realidade do sertanejo ser muito dura, “é bem diferente de 100 anos atrás”. “Hoje temos diversas ações assistenciais para o povo do sertão, como o Seguro Safra e o Bolsa Estiagem, ações que não resolvem, mas amenizam o sofrimento (do sertanejo)”, defendeu.
O deputado Professor Teodoro (PSD) reforçou que a questão deve ser colocada sempre em primeiro lugar. “Nós somos do Interior e sabemos do sofrimento que esse povo passa”, acrescentou.
Sobre a crítica à Coelce, o deputado Roberto Mesquita (PV) sugeriu uma reunião com o presidente da companhia para debater a possibilidade de criação de um departamento focado em solucionar as questões que impedem o abastecimento de água. “É inconcebível esperar pela Coelce para ter água”, pontuou.
A deputada Dra.Silvana (PMDB) adiantou que irá propor, por meio da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, um debate com especialistas no assunto para discutir tecnologias para distribuição de água.
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) destacou a situação do município de Crateús, “que está apavorado com a possibilidade de falta d’água”.
PE/AT