Lular Morais argumentou que a pretensão do Governo em alterar o superávit primário na LDO, deve-se aos gastos feitos durante 2014. “No sentindo de preservar o emprego do brasileiro, garantir a renda minimamente, essa foi a opção de nosso Governo”, justificou. O parlamentar citou investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como a Transposição do Rio São Francisco e obras de adutoras. No Ceará, segundo informou, muitas adutoras emergenciais foram construídas com recursos emergenciais, para garantir água para as cidades. “São investimentos estratégicos para melhorar nossa infraestrutura”, afirmou.
O parlamentar comparou as contas do Governo ao orçamento doméstico. Explicou que é necessário fazer o pagamento dos juros da dívida sem mexer nas prioridades. “Temos que pagar essa dívida sem perder de vista a nossa sobrevivência. Não podemos sacrificar as prioridades em um orçamento doméstico, por exemplo. Logicamente você reserva recursos para o pagamento da dívida. Mas, se por um motivo ou outro, você teve que se sacrificar, alterando o orçamento, não vai tirar os recursos do seu alimento, da educação do seu filho, da saúde, daquilo que é mais fundamental para a sua sobrevivência”, argumentou.
Na avaliação do deputado, quem se opõe à mudança na peça orçamentária “está defendendo o arrocho, o desemprego e a dificuldade de vida para o povo”. Mesmo destacando a necessidade de um equilíbrio maior, Lula Morais afirmou que a prioridade é defender a renda, o emprego e o desenvolvimento. “O que se quer é preservar, discutir o assunto, buscar solução, sem sacrificar o emprego, a renda e os investimentos que o Brasil precisa para se desenvolver”, acrescentou
Segundo Lula Morais, a dívida pública no Governo correspondia, na gestão tucana, a 60% do Produto Interno Bruto (PIB), e hoje é de apenas 30%. “Caímos quase metade do que era”. No governo Fernando Henrique Cardoso, o desemprego era em torno de 14%, e atualmente encontra-se em 4,7%.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) considerou certa a postura da presidente Dilma Rousseff e afirmou que existe em torno do assunto um embate de natureza política. “O que ela está fazendo está dentro da transparência, sem dizer a todo mundo que está as mil maravilhas”, defendeu.
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