A parlamentar afirmou que “todo tipo de crueldade” foi cometido contra sua candidatura, com o intuito de que ela não se elegesse. "Todos os dias os adversários soltavam panfletos anônimos, dizendo que eu não era candidata. Mas quem espera por Deus não cansa”, desabafou. A deputada afirmou ainda que enfrentou de cabeça erguida as adversidades e que por isso essa foi a melhor eleição que conquistou em sua vida.
Em seu pronunciamento, Mirian ainda lamentou a falta de mulheres no parlamento. Ela considerou uma perda, a ausência de Rachel Marques (PT) e Eliane Novais (PSB) na próxima legislatura. Mesmo aumentando de seis para sete membros, a bancada feminina registra número insatisfatório. “Ainda é um número pequeno para a proporção de mulheres do Estado, que são 52% do eleitorado”. Para a parlamentar, o eleitorado ainda não compreendeu que é importante a participação da mulher na política. A deputada também saudou as parlamentares reeleitas Bethrose (PRP) e Fernanda Pessoa.
Mirian Sobreira também citou matéria publicada no jornal Diário do Nordeste, na qual três mulheres candidatas não obtiveram nenhum voto. “Os partidos não deram as condições adequadas para que elas concorressem de forma igualitária. A deputada considerou indispensável uma reforma política, para evitar o que classificou como candidaturas desonestas.
A deputada comentou ainda que, na próxima legislatura, não vai aceitar a falta de participação da mulher na Mesa Diretora. “Seremos quase 20% dos representantes e não dá para ficar de fora. Não estamos brincando de ser parlamentar”, assinalou. Mirian lembrou que está em tramitação na Assembleia uma proposta de emenda ao regimento interno que determina a participação feminina na Mesa Diretora.
Em aparte, a deputada Rachel Marques agradeceu a citação da oradora. “Realmente perdemos. Isso deve levar a uma reflexão. Hoje ocorre uma sub-representação feminina. Precisamos reforçar a participação de mulheres, jovens, negros e indígenas no Parlamento”, acrescentou.
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