Deputado Roberto Mesquita (PV)
Foto: Máximo Moura
O deputado Roberto Mesquita (PV) usou a tribuna no segundo expediente da sessão plenária desta quinta-feira (03/07), para criticar a má distribuição de renda e o desempenho das atividades produtivas no Estado. O parlamentar citou matéria veiculada no caderno de Negócio do jornal Diário do Nordeste, onde afirma que 75% do PIB cearense estão concentrados em 10% dos municípios.
De acordo com o estudo, a contribuição da renda salarial para a queda da desigualdade entre 2006 e 2012 foi de 35,08%, enquanto os programas de transferência de renda tiveram participação de 40,75% nesse processo.
“Essa conclusão foi apresentada ontem durante o lançamento do livro "Desenvolvimento Econômico do Ceará: Evidências Recentes e Reflexões", elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará (Ipece), e acho interessante que possamos discutir o que o escritor e economista fala nesse estudo. Ele diz que cerca 172 municípios vivem na miséria”, destacou.
Mesquita citou o problema da estiagem como um dos fatores que tem contribuído para essa má distribuição de renda. De acordo com deputado, a falta de água faz com que muitos municípios não tenham condições de se desenvolverem. “Hoje me preocupo com relação a mais esse ano de estiagem. Eu falo isso com tristeza, principalmente representando um município como Apuiarés no Vale do Curú. Ter que ver aquelas pessoas passando por dificuldades em seus negócios. Cerca de 30% da população cearense está aqui em Fortaleza. Eles sentem as dificuldades na região e vem para a Capital”, afirma.
O deputado criticou ainda a forma como o Governo Estadual trata o problema da seca. “A estiagem não é culpa do Governo. Mas o Governo não conseguiu enxergar que os poços profundos poderiam ser a solução. Esse Governo que pensa grande e age pequeno”, pontuou.
A falta de energia para colocar para funcionar um poço no município de São Luis do Curú também foi relatada pela parlamentar. Segundo Mesquita, por conta de uma briga entre o marido e o pai da prefeita local, a comunidade não está tendo acesso à água. “Que eles briguem, mas que não prejudiquem a população. Em um período tão difícil como esse não tem como negar à população o direito a água”, pontua.
DF/CG