De acordo com Ferreira, o banco tem se negado a renegociar dívidas com os pequenos agricultores, mesmo sabendo dos efeitos da seca na produção. “O banco era para ser fomentador do progresso, incentivador do pequeno. Para que serve então esse banco? É de algum partido? Por que o deputado José Guimarães manda nele? Quando é para ajudar os agricultores, rejeita. Muita gente botou a mão no dinheiro do banco e sumiu. Nunca prestou conta”, reclamou o parlamentar.
O deputado observou que, segundo a Lei n° 12.599, estão aptas mais de 1.200 operações de acordo para o pequeno agricultor. “Se está aberto, por que não renegociar? Precisamos de mais transparências para a gente saber sobre o seu funcionamento”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Thiago Campelo (SDD) relatou que os agricultores estão interessados em pagar suas dívidas, mas o BNB demonstra não estar preparado para essas negociações. “O banco simplesmente não quer. Tem medo de perder dinheiro, mas, se for para beneficiar usineiro, empresas privadas ou gente importante, eles fazem acordo”, declarou.
A deputada Mirian Sobreira (Pros), por sua vez, afirmou que o desrespeito do BNB com o agricultor começa já no atendimento em suas agências. “Beneficiam tantos empresários, mas destratam nossos agricultores. Não existe respeito nem aparo. Vamos exigir que essa caixa-preta seja aberta”, solicitou.
O deputado Danniel Oliveira (PMDB) disse que falta boa vontade do banco. “Reconheço a dificuldade dos pequenos agricultores em renegociar suas dívidas, enquanto outros negociam quando querem”, assinalou. Já o deputado Roberto Mesquita (PV) discordou dos demais, ressaltando que o banco trabalha de acordo com suas regras.
LA/AT