A parlamentar afirmou que a audiência pública definirá estratégias para ampliar as discussões sobre o assunto com toda a sociedade. O Estatuto do Desarmamento foi lançado nacionalmente em 2003. “Só agora, dez anos depois, estamos nos preparando para lançar esse Estatuto aqui. A Assembleia Legislativa do Ceará contribui doando cinco mil exemplares”, disse a deputada.
Durante seu discurso, Mirian Sobreira leu a carta escrita por Clóvis Souza Nunes, coordenador da ONG Movpaz. “Ele fala que o Brasil, em números absolutos, é campeão mundial em assassinatos com armas de fogo. Uma das grandes mudanças com o Estatuto é que antes qualquer pessoa com mais de 21 anos poderia ter uma arma de fogo, agora é preciso ter mais de 25 e ter porte de arma”, pontuou a parlamentar.
Sobre os números de vidas poupadas com o Estatuto do Desarmamento, a deputada citou que 3.234 vidas foram salvas no País. “A venda de armas de fogo caiu 92%. O que está faltando é dar mais visibilidade ao Estatuto, seja entre estudantes, advogados e a sociedade em geral”, afirmou ela, que destacou ainda o trabalho da Rede Desarma Brasil composta por 48 ONGs. “O principal objetivo da Rede é divulgar o estatuto, ampliar, melhorar a campanha pelo desarmamento e valorizar a cultura da paz”, afirmou.
Mirian Sobreira abordou a violência mundial como um fenômeno e que banir a criminalidade é um desafio constante de autoridades, gestores públicos e da sociedade civil. “Com o Estatuto temos um instrumento legal para fomentar, de maneira mais efetiva, os avanços sociais para o bem comum. Ele vem coibir a prática ilegal e a comercialização do uso de armas de fogo”, disse a deputada.
Sobre a audiência pública desta tarde, a parlamentar ressaltou que o debate, mesmo entre deputados que pensam de maneira contrária, é importante. “A gente sabe que na Casa tem deputados que não concordam como desarmamento, o que queremos é que essas discussões terminem num acordo. Queremos conscientizar as pessoas que desarmar é a única maneira de preservar a vida”, disse.
YI/CG