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Terça, 23 Abril 2013 11:36

João Jaime critica programa de construção de cisternas

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Dep. João Jaime (PSDB) Dep. João Jaime (PSDB) Foto: Maximo Moura
O deputado João Jaime (PSDB) afirmou, durante o primeiro expediente da sessão plenária desta terça-feira (23/04), na Assembleia Legislativa, que o programa de construção de cisternas de enxurrada não irá atender as necessidades do homem do campo que precisa de água emergencialmente.

De acordo com o parlamentar, o secretário de Desenvolvimento Agrário Nelson Martins, anunciou, durante reunião da Comissão Especial de Combate à Seca na semana passada, a construção de 15 mil cisternas a um custo unitário de R$ 15 mil.

João Jaime considerou que esses equipamentos não vão atender às necessidades da população do campo, pois não há expectativa de chuva suficiente para encher as cisternas. “O homem do campo tem urgência de água e de milho para o gado. Essas cisternas, nesse momento, não terão serventia”, disse.

O tucano alertou ainda para a possibilidade de desvios de recursos. Segundo ele, são R$ 225 milhões, sendo 40% do Governo do Estado e o restante do Governo Federal, que serão repassados para ONGs. “Poderá acontecer o mesmo que com os kits sanitários. O Governo não tem condições de fiscalizar a construção de 15 mil cisternas”, acentuou.

João Jaime sugeriu que os recursos, em vez de usados em cisternas, poderiam servir para a construção de adutoras. “A presidente Dilma anunciou bilhões e até agora nada chegou. Não houve o leilão do milho. O Governo quer se eximir da responsabilidade de entregar o milho”, frisou.

Em aparte, o deputado Manuel Duca (PRP) disse que as cisternas de enxurrada não irão ser úteis no momento. “O importante é a perfuração de poços. Equipamentos como patrol, retroescavadeira, carro-pipa e caçamba, entregues pelo Governo Federal, não terão utilidade para o combate à seca no momento. Precisamos de perfuratrizes”, afirmou.

Dedé Teixeira (PT) disse que as ações que incluem cisternas de enxurradas são importantes. “Vamos ter outras secas. A gente exige que o Governo pense além do seu mandato. É humanamente impossível colocar esses recursos em ações emergenciais, por conta da burocracia.”

Idemar Citó (DEM) disse que saiu triste da reunião. “Nenhuma ação está sendo tomada pelo Governo para tratar o problema. Não tem produção de grãos e vão morrer vacas e ovelhas. Queremos solução para ontem e não para o próximo inverno”, assinalou. Para ele, “a presidente Dilma está mais preocupada com os empresários do Sul, onde está comprando os tratores que só servirão para fazer campo de futebol”.
JS/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
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Lido 1301 vezes Última modificação em Terça, 23 Abril 2013 11:39

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