Na avaliação do petista, apesar dos recentes investimentos na área da saúde, como a implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 24h, policlínicas e hospitais regionais, os hospitais municipais estão sofrendo com a falta de investimentos. “Sei que o problema da saúde é o financiamento. Mas temos de encontrar uma solução para que os hospitais de saúde primária, que acabam sendo um sustentáculo para o município, possam ter mais recursos”, defendeu.
Como exemplo, o parlamentar relatou a situação de um município do interior cearense de 20 mil habitantes, que recebe para o hospital municipal R$ 26 mil do Ministério da Saúde e R$ 5 mil do Governo do Estado. No entanto, o gasto mensal do hospital é de R$ 100 mil, tendo realizado, apenas no ano passado, 85,4 mil procedimentos.
Em aparte, o deputado Maílson Cruz (PRB) comentou sobre o Programa de Saúde da Família (PSF) nos municípios cearenses. “Em razão da oferta reprimida de hospitais, temos alta rotatividade. Os serviços que eram para ser desenvolvidos na comunidade não são realizados. Então, o município passa a gastar no Programa de Saúde da Família (PSF) e nos pequenos hospitais”, considerou.
Dedé Teixeira comentou ainda sobre a política de cotas para as universidades federais brasileiras. “O número de jovens negros quintuplicou, mas 91% ainda estão fora. É para você ver como a política de cotas, em um prazo de 10 anos, será importante para o País’’.
Segundo ele, em números brutos, 2,8 milhões de jovens entre 18 e 24 anos ingressaram no ensino superior. “Poucos países do mundo conseguiram um resultado semelhante em tão pouco tempo”, disse.
Em aparte, os deputados Dra.Silvana (PMDB) e Fernando Hugo (PSDB) criticaram a política de cotas. “Eu sou a favor da meritocracia”, disse Dra. Silvana. Para ela, deve-se levar em consideração que o número de universidades no País também cresceu. Fernando Hugo disse achar a medida um absurdo. “Ilegal, injusto, demagógico e político eleitoreiro. A minha ótica é essa’’, disse.
Durante o seu pronunciamento, Dedé Teixeira criticou os gestores dos estados que se posicionam contra o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que trata sobre a divisão dos royalties do petróleo. “Eles já têm ICMS, milhares de empresas migrando para lá e ainda querem ficar com todo o bolo dos royalties”, salientou.
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