“Peço à Mesa Diretora para que se efetive a CPI solicitada ano passado e que coletou 33 assinaturas e não se concretizou. A impunidade gerada pela falta da CPI fez com que outros atos fossem praticados”, afirmou, argumentando que o apelo é “para que a gente não entre numa Copa das Federações e numa Copa do Mundo mostrando para o Brasil um lado negativo do futebol do Ceará”.
O parlamentar disse que, na tentativa de se reeleger, o presidente da FCF usa de artifícios não legais, como a mudança do edital. Segundo ele, há a necessidade de 25% das assinaturas para registrar uma candidatura, “só que antes de marcar as eleições ele coletou a assinatura de 50 membros, fazendo com que só tenha um candidato a eleição. “É um absurdo isso. Não se permite mais a condição de ter aqui no Ceará uma entidade tão retrógrada, em que os mais poderosos e os que detêm o poder oprimem aqueles que queriam concorrer”, criticou.
Ele ressaltou que o adiamento da data da eleição da FCF, que deveria ocorrer na última sexta-feira (1), por parte da Justiça, seria em decorrência de dúvidas que pairam em torno da forma como a Federação é conduzida.
Ainda de acordo com o parlamentar, não há transparência na Federação, que já foi condenada por duas vezes pela CBF e Superior Tribunal de Justiça Desportivo com uma multa de R$ 20 mil por evasão de renda. “O Flamengo esteve aqui para jogar com o Ceará e foi constatada a evasão de renda; além de desvio de recursos que a Federação desconta dos clubes para causas trabalhistas e não paga”, denunciou.
Em aparte, o deputado Idemar Citó (DEM) reiterou as irregularidades em relação à postura do presidente da instituição, defendendo reforma no futebol. “Ele quer se perpetuar no poder, isso é ditadura. Dr. Mauro Carmélio, vamos concorrer pelo princípio da igualdade, de pau a pau. O que está fazendo é uma ditadura”, contestou.
Sem querer entrar em juízo de valor, o deputado Heitor Férrer (PDT) disse que não entende por que a CPI não foi instalada, já que havia assinaturas suficientes. Na mesma linha afirmou o deputado Lucílvio Girão (PMDB): “assinei a CPI aqui e cadê a CPI?”, questionou.
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