Heitor Férrer frisou que os números apontados pelos jornais indicam 21 assassinatos no último final de semana. Ontem, conforme revelou, foram mais 15 assassinatos. “O jornal o Povo de hoje diz que Fortaleza teve o final de semana mais violento do ano. Isso demonstra a falência na política de segurança pública adotada pelo Governo”, ressaltou.
Lembrando que o Governo do Estado vai anunciar na tarde de hoje o crescimento do Produto Interno Bruto do Ceará, Heitor disse que gostaria que também tivesse acontecido o crescimento da Felicidade Interna Bruta (FIB). Para o pedetista, era melhor que o “governador se calasse, e não anunciasse resultados do PIB ao público como se isso fosse um avanço do Estado”. Heitor considera que de nada adianta o crescimento do PIB sem aumento de FIB.
Ele lembrou que no ano passado foi aplicado R$ 1,4 bilhão na área de segurança e ainda assim os índices de violência são cada vez mais crescentes. O deputado citou ainda matéria publicada no jornal Diário do Nordeste, sob o título: “Guerra contra o crack esbarra na demora de ações públicas efetivas”. Para ele, o Governo do Estado abdicou de atuar nessa área até hoje. “Até agora é só fantasia, não sai do papel. Colocaram Socorro França, no sentido de dar credibilidade à assessoria de Combate às Drogas, mas nada sai do papel”, avaliou.
Heitor Férrer citou também pesquisa que indica Fortaleza como a 13ª cidade mais violenta do planeta em crimes de homicídio e a quarta Capital do País. “São Paulo e Rio de Janeiro estão dando soluções efetivas aos seus problemas. O que custa copiar esses modelos? Lá não compraram carros luxuosos, mas veículos pequenos e motos”, pontuou.
Para o deputado, a frota de veículos é reduzida porque o setor de segurança preferiu comprar veículos de luxo, que são bem mais caros, enquanto outros estados preferiram carros mais baratos. “No Ceará, temos 989 veículos, enquanto que em Pernambuco são 1.513; na Bahia, 2.848, e em São Paulo, 21.888. “O Ceará, com a sua megalomania, gastou R$ 161 milhões na compra de veículos desde 2008. Só com manutenção foram gastos mais R$ 81 milhões, quando se afirmava que esta seria gratuita por três anos. É um grande desperdício. Um remédio caro para não tratar a doença”, afirmou.
Em aparte o deputado Ferreira Aragão (PDT) disse que na Paraíba os bandidos fazem a segurança. “O cidadão paga R$ 20 por mês, coloca um salvo-conduto no bolso e apresenta em caso de assalto”, citou. Para Ferreira, a solução seria mudar a legislação. Também aparteou o deputado Roberto Mesquita (PV), que considerou importante a vinda do secretário de Segurança para oferecer explicações sobre as questões levantadas.
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