Segundo Fernando Hugo, para a audiência serão convidados o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Luiz Gerardo Brígido, representantes da Procuradoria Geral de Justiça, OAB-CE, Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria Municipal de Saúde e a secretária Socorro França.
O deputado salientou que o Estado de São Paulo criou o Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), com o objetivo de reduzir os malefícios dos vícios. Fernando Hugo revelou que já foi viciado em dolantina, depois de formado médico. Por isso, diz conhecer de perto o problema. “Não se trata drogados em Caps. O dependente vive as 24 horas do dia querendo usar droga. Perde o controle sobre si e passa a ser um dependente psíquico, e até orgânico”, frisou o parlamentar.
De acordo com Hugo, só é possível o tratamento do adicto através de internação, que pode ser involuntária ou compulsória, obedecendo as leis que regem esses procedimentos. “Ele tem de ser internado, desintoxicado, para que possa se recuperar, através de uma terapia. Não é através de consultas em Caps que ele se libertará do vício”, frisou
O tucano informou que o Cratod promove internação compulsória. No entanto, admite que há reações de parte da sociedade, que não aceita essa conduta. “A população fala, mas é um absurdo. É bom que todos saibam que existe legislação para internação involuntária ou compulsória”, disse.
Em aparte, o deputado Leonardo Pinheiro (PSD), presidente da comissão de Seguridade Social e Saúde, declarou que o requerimento será muito bem acolhido pelo colegiado. “É um dos problemas que mais tira o sono das famílias e o que mais tem contribuído para aumentar as taxas de criminalidade. A questão das drogas não se resolve só com Polícia”, acentuou o deputado. Segundo ele, o viciado em crack perde totalmente a condição de, por si próprio, buscar o tratamento.
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