“Trata-se de uma situação absurda, além de um claro e inaceitável desrespeito com o cidadão cearense, pois são tarifas que estão sendo inflacionadas de forma exorbitante, e cobrando por um serviço de qualidade, no mínimo, questionável”, destacou a parlamentar.
Ainda segundo a deputada, o novo modelo de cobrança de contas aplicado, adotado em razão de a companhia não ter funcionários para a leitura dos hidrômetros, após o rompimento do contrato com a empresa que fazia este serviço, é falho. “O Núcleo de Defesa do Consumidor, da Defensoria Pública, já condenou a forma de cobrança da Cagece, pois nos bairros em que está sendo retomada a leitura de hidrômetros, ela compara o que foi cobrado pela média e o que foi realmente consumido nos últimos meses e, se ficar constatado que houve uma diferença, ela repassa tudo de uma vez só para o consumidor”, explicou Eliane.
Para a deputada, as dificuldades pelas quais a Cagece vem passando são um reflexo do claro descaso do Governo do Estado com o saneamento público ambiental. “Vemos a falta d`água em vários bairros, a poluição das nossas praias, lagoas e rios, e agora esse episódio de cobrança indevida, que só mostram que o Governo do Estado não tratou com prioridade uma área estratégica para o desenvolvimento do Ceará”, lamentou Eliane.
Em aparte, o deputado Mailson Cruz (PRB) destacou que a situação é mais complexa do que parece, e que se trata de um problema de natureza jurídica. “Não acredito que isso seja uma questão de falta de competência ou de compromisso, mas de burocracias envolvendo a quebra de contrato entre a Cagece e a Allsan Engenharia, que operava a leitura dos hidrômetros. O que temos de fazer é contribuir positivamente no debate para que a Cagece possa solucionar esse problema”, salientou o deputado.
RG/JU