A parlamentar se disse descontente com o projeto do petista, e ressaltou que gostaria de sensibilizar o governador Cid Gomes a não adotar essa medida, para que o projeto não seja aprovado.
“Sou contra qualquer tipo de cota, seja ela racial ou social, pois entendo isso como uma tentativa de corrigir uma injustiça com outra injustiça maior ainda. Eu me pergunto quantas famílias não sofrem para pagar uma escola melhor para os seus filhos. Sonham com eles conseguindo um lugar melhor na sociedade e, no fim, são injustiçados”, criticou a parlamentar.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) endossou o posicionamento da colega, e citou o famoso discurso de Martin Luther King, “Eu Tenho Um Sonho”, quando o norte-americano diz que um dos seus sonhos seria viver numa nação em que seus filhos não fossem julgados pela cor de sua pele.
Segundo Carlomano, estão querendo corrigir um erro, mas não se deve fazer essa correção segregando, porque é racismo puro. “E, no Brasil, estão querendo julgar o brasileiro jovem pela cor de sua pele, tratando de forma desigual os desiguais. Isso é um grande absurdo”, salientou o peemedebista.
Já o deputado Roberto Mesquita (PV) alertou para a dívida histórica que a sociedade tem para com alguns grupos sociais e o tratamento diferenciado por parte da Federação. Ele se mostrou a favor de que essas medidas “representem uma inflexão de nossa história, mas que isso não seja uma coisa perpetuada”.
Também em aparte, o deputado Lula Morais (PCdoB) discordou da opinião da deputada, e apresentou a notícia sobre o primeiro índio formado em Medicina no Brasil. “Se não existisse o sistema de cotas, será que teríamos algum índio capaz de ser médico no País?”, questionou o parlamentar.
RG/RT