José Sarto lembrou que, no passado, seu partido defendeu candidatura própria para assumir o Governo com a saída do então presidente Lula. A sigla cogitou o nome de Ciro Gomes para a Presidência do Brasil. No entanto, afirmou o deputado, hoje a posição majoritária do PSB é de apoio a Dilma, inclusive para a disputa eleitoral em 2014. “Não somos um partido de caciques. Discutimos nossas contradições, nossos projetos. Não temos líder único, ideia única. Somos plurais e temos nossas lideranças”, defendeu, citando os nomes de Ciro Gomes e Eduardo Campos.
Para o deputado, Ciro é um quadro importante do PSB, com “peso nacional”. “A única crítica que fazem é sobre seu temperamento, mas nunca que fez isso ou aquilo de errado”, disse. José Sarto voltou a criticar a dimensão dada pela mídia brasileira, especialmente do Sul do País, a fatos pequenos, como aconteceu, segundo ele, na queda de uma estrutura no Hospital Regional Norte e, agora, nesse princípio de debate eleitoral.
Em aparte, Carlomano Marques (PMDB) também defendeu Ciro Gomes e disse que sua postura é de falar o que pensa. “Essa é uma qualidade dele. Ciro vem contrariando a máxima nacional de que só faz política quem tem mandato. Ele não tem, mas tudo que fala é manchete nacional, porque possui bagagem teórica e prática incomparável”, elogiou.
Roberto Mesquita (PV) disse que Ciro é um talento da sua geração, mas que, infelizmente, “sua língua” o afastou da Presidência da República, assim como o fato de não ter “cravado” sua marca em um partido, como fez Eduardo Campos. “Os fatos mudaram muito. A estrutura partidária precisa de reparos. Há um excesso de partidos, contradições políticas e ‘caciquismo’ que impedem o aproveitamento de talentos políticos”, comentou Mesquita.
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