“O Hospital da Mulher foi inaugurado no dia 17 de agosto de 2012, e o nome já foi dado: Hospital da Mulher, simples e claro. Afinal, esse hospital é para as mulheres e é das mulheres. Então, qualquer outro nome tirará sua verdadeira identidade, que já está consolidada”, reiterou.
Segundo a parlamentar, além dos boatos nos bastidores, o assunto saiu na imprensa. O blog do jornalista Eliomar de Lima divulgou o projeto de lei nº 20/13, de autoria do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), dando ao Hospital da Mulher o nome da médica Zilda Arns Neumann, “uma louvável indicação”.
Outra matéria, conforme a deputada, foi publicada no jornal Diário do Nordeste “que trouxe a preocupação das entidades com possíveis mudanças no Hospital”. De acordo com a notícia, a visita do prefeito Roberto Claudio ao Hospital da Mulher gerou inúmeras especulações e mil preocupações sobre o futuro da unidade com essa nova gestão.
A parlamentar disse que conversas de bastidores apontam para mudanças na concepção do hospital, consideradas por ela como perigosas, como a possibilidade de atender homens e crianças e ser um local de “portas abertas”. “Além de sermos maioria, nós temos a saúde bem mais complexa que a do homem e isso exige mais atenção, procedimentos cirúrgicos e prioridades especializadas”, ponderou. Conforme ela, segundo dados do Censo Demográfico 2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só em Fortaleza, são 156,3 mil mulheres a mais que homens. Conforme o estudo, o Brasil passou a ter quase quatro milhões de mulheres a mais que homens em 10 anos.
Em aparte, a deputada Mirian Sobreira (PSB) disse acreditar que o prefeito Roberto Cláudio, “uma das pessoas mais humanas na política”, não realizará qualquer ação que vá prejudicar as mulheres ou o hospital, “um sonho de todo o Ceará”. “Tenho certeza de que a tudo de bom da administração de Luizianne Lins ele vai dar continuidade”, afirmou, reconhecendo a preocupação.
O deputado Dedé Teixeira (PT) parabenizou o assunto trazido à tribuna, tendo em vista a importância do Hospital da Mulher para as políticas públicas de gênero. “A denominação do Hospital da Mulher foi uma mobilização das mulheres. Acho absurda a proposta do nobre vereador”, criticou.
A deputada Eliane Novais (PSB) ressaltou ser uma honra falar dessa política de Estado (Hospital da Mulher) “e, portanto, o governo irá perceber essa grande diferença que foi definida na gestão de Luizianne Lins”.
O deputado Antonio Carlos (PT) disse que a unidade hospitalar é um dos “maiores marcos da saúde pública no Ceará e no Brasil”. “Foi fruto da luta das mulheres de Fortaleza, uma obra de largo alcance social, que teve Luizianne Lins como realizadora”.
LS/CG