O vereador Carlos Mesquita (PMDB) em pronunciamento, ontem, na Câmara Municipal de Fortaleza, criticou a interferência do diretório estadual do seu partido na indicação de um nome da bancada peemedebista para compor a nova Mesa Diretora do Legislativo municipal. Segundo ele, o nome deve ser escolhido pelos vereadores.
O discurso foi motivado por um documento enviado pelo diretório estadual do partido indicando Magaly Marques para compor a Mesa Diretora pelo PMDB. Mesquita acusou o vice-presidente estadual Gaudêncio Lucena de não ter coragem de enfrenta-lo e, por isso, teria mandado o documento. "Aceito um documento da bancada, não esse do presidente em exercício que não tem coragem de enfrentar um pequeno vereador e dizer que é a Magaly (Marques). É covarde", pontuou.
O parlamentar detalhou que o nome de Magaly Marques está sendo colocado devido a um acordo feito com o deputado estadual e irmão da vereadora, Carlomano Marques, para que ele seja líder da oposição ao Governo Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa.
"O deputado Carlomano foi a um encontro de médicos e disse poucas e boas com Eunício (Oliveira), hoje porque precisam de um líder na Assembleia com experiência e coragem para falar negociam aqui na Câmara, nunca vi partido indicar componente de Mesa" disse.
Ele também questionou a serventia do diretório municipal, presidido por Walter Cavalcante. "É mais fácil fazer uma votação da bancada, mas não intervir de uma forma covarde. Venha e mostre sua cara Gaudêncio", enfatizou.
Diversos vereadores da situação e da oposição que o parabenizaram por sua coragem e criticaram interferências nas decisões da Casa. No momento do discurso, Magaly Marques não estava em plenário.