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Fila de espera por consulta dura, em média, 6 meses   - QR Code Friendly
Segunda, 02 Junho 2014 05:41

Fila de espera por consulta dura, em média, 6 meses

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De acordo com a secretária de Saúde do Município, Socorro Martins, é possível reduzir o tempo de espera dos pacientes a médio prazo apenas reorganizando o sistema. A expectativa é zerar a fila, assim como já acontece com as mamografias De acordo com a secretária de Saúde do Município, Socorro Martins, é possível reduzir o tempo de espera dos pacientes a médio prazo apenas reorganizando o sistema. A expectativa é zerar a fila, assim como já acontece com as mamografias
  A espera por uma consulta com um médico especialista de um plano de saúde não pode levar mais de 14 dias, segundo uma resolução editada em 2011 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, do governo federal. No entanto, a União não estabelece prazos quando o paciente é da rede pública. Em Fortaleza, a demora para conseguir atendimento é, em média, de seis meses. A fila de espera possui 100 mil pessoas, segundo dados da própria Secretaria de Saúde do Município (SMS). Ortopedia, cardiologia e neurologia têm a maior demanda. É o caso da empregada doméstica Maria Francisca de Souza. Vai fazer cinco meses que ela aguarda por uma consulta com um reumatologista. Ela descobriu que tinha artrite depois de uma consulta no posto de saúde do bairro onde mora, no Álvaro Weyne, mas o tratamento não prosseguiu. "Enquanto o atendimento não chega, vamos vivendo como Deus quer. Tomando analgésico, remédio para aguentar a dor quando ela ataca", diz. Aos 58 anos, a dona de casa Josefa da Silva sabe bem o que é isso. "Sou diabética e tenho hipertensão. Toda vez que preciso ir para algum especialista, é um sufoco. Fico insegura e minha pressão vai lá para o alto". Na tentativa de diminuir o tempo de espera dos pacientes, a Secretaria adota medidas. Para a titular da Pasta, Socorro Martins, é possível reduzir o tempo de espera a médio prazo com a simples reorganização do sistema. A expectativa da Pasta é zerar a fila, assim como já acontece com as mamografias. "Hoje, o exame já é realizado sem espera nenhuma. O resultado também sai rapidamente", diz. Mudanças A secretária reconhece que a demora pode complicar a saúde geral do paciente e explica que a reformulação do sistema de consulta e exames, com o protocolo de classificação de riscos, diretrizes clínicas e a capacitação de todos os profissionais da saúde irá mudar o atual quadro. Ela informa que a SMS detectou gargalos que podem ser solucionados apenas com uma mudança de comportamento e maior credibilidade da rede de saúde como um todo. Um paciente, exemplifica, com hipertensão ou diabetes não precisa, necessariamente, ser consultado a cada dois meses por especialistas, incluindo cardiologistas. Até porque, explica, se ele tem um quadro leve ou moderado, pode e deve ser atendido pela atenção primária, nos postos de saúde. "Lá, o paciente recebe o medicamento e pode medir a pressão arterial. No entanto, ele precisa ter a certeza de que terá atendimento quando necessitar. "É uma questão também da gente acreditar no sistema como um todo", analisa. Socorro Martins avalia que a rede tem uma boa oferta. "São 41 mil consultas por mês, incluindo a rede pública, os conveniados e filantrópicos. Mas temos carências, principalmente, na ortopedia, otorrino, cardiologia e neurologia", relaciona. Avaliação O exame mais minucioso de quem encaminha para o sistema de regulação de consulta e exames é outro ponto ressaltado pela secretária. Segundo ela, um dos fundamentais para reduzir as longas filas. "Antes, qualquer um da rede podia incluir nomes, por amizade ou parentesco. Não podemos mais permitir isso. Só quem pode encaminhar é o médico e ponto final", afirma. Além dessas medidas, o treinamento de pessoal é indispensável. "Até porque é preciso alimentar a rede com informações diárias. Temos casos de gente que tem consulta agenda e não comparece por algum motivo. O prestador encarregado tem que está atento para isso também e atualizar os dados". A titular da SMS garante que, em pouco tempo, o sistema vai dar conta de toda a demanda. "É preciso tratar diferentes de formas diferentes", frisa. 5 mil aguardam biópsias A rapidez do tratamento faz toda diferença no combate aos diversos tipos de câncer. No entanto, no Ceará, a fila de espera pela biópsia, um dos exames mais importantes na luta contra o câncer de mama, chega a 5 mil pessoas. O alerta é da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres, da Assembleia Legislativa do Ceará. De acordo com a Frente, as visitas aconteceram no instituto do Câncer do Ceará (ICC), Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio), Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará (IPCC), Hospital da Mulher de Fortaleza e Hospital da Mulher de Maracanaú, e constataram, além da grande espera pelo resultado de biópsias, a carência na área de profissionais de nível médio e superior, principalmente de anestesistas e ginecologistas. As dificuldades apontadas aumentam ainda mais a angústia das pacientes pelo resultado do exame e, quando indicam positivo, a ansiedade pelo início do tratamento de combate à doença. É o caso da dona de casa Maria Juliene de Souza, moradora da Lagoa Redonda. Ela conta que fez a mamografia no fim do ano passado e teve a indicação da biópsia. "Até que a retirada do material foi rápido, o que demora é o resultado. Ainda não recebi e estou nervosa com o que pode acontecer", conta. Resultado O diretor geral do Gonzaguinha de Messejana, Francisco Eron Moreira, reconhece que o maior "gargalo" é sim a entrega do resultado do exame. Por mês, o Gonzaguinha realiza uma média de 25 captação de material lá mesmo. Para ele, o esforço empreendido no início do processo, ou seja, oferta maior do que a procura e entrega de resultado das mamografias em até 15 dias esbarra na demora de exames como a biópsia. "O ideal é a rede secundária de saúde conte com um laboratório de patologia próprio para este fim", frisa. De acordo com o relatório a pior situação foi constatada no Crio. A diretora da unidade, Suely Kubrusly, relatou que o Crio atende uma média de 10 mil pacientes por mês e a demora no resultado dos exames ocorre em razão de não contar com serviço de biopsia guiada por ultra-som. Lêda GonçalvesRepórter
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